Dois
monges cuidavam do jardim do templo. Um deles estava podando o roseiral
quando, num momento de descuido, os espinhos rasgaram a manga de seu
hábito e feriram seu braço, fazendo-o sentir muita dor. O monge, então,
olhou para o roseiral e disse:
- Eu te perdôo.
Algum tempo depois, o segundo monge também se aproximou do roseiral e feriu o braço, o que o levou a sentir muita dor. Olhando para as rosas, ele disse:
- Não há nada a perdoar.
Ao voltarem para o templo, os dois monges perceberam que ambos tinham ferimentos semelhantes. Ao conversarem sobre o que havia acontecido, um começou a questionar a atitude do outro. Como não conseguiram chegar a uma conclusão sobre qual deles tinha agido da maneira certa, decidiram contar o episódio ao abade do templo e pedir sua opinião.
- Você foi arrogante, disse o abade ao primeiro monge. - E você agiu certo, disse ele ao segundo monge.
O primeiro monge ficou surpreso e questionou o abade.
- Como assim? Então não devemos perdoar sempre? Por que eu errei ao perdoar o roseiral que me feriu?
O abade respondeu:
- Devemos perdoar sempre, desde que exista algo para perdoar. O roseiral é um ser inanimado, que não se move por vontade própria. Ele não feriu você deliberadamente, nem poderia. Você é que se descuidou e se feriu no roseiral. Ao dizer que o perdoava, você atribuiu a ele uma culpa que ele não tem. Com isso, você ignorou sua responsabilidade como ser consciente que é e ainda usou o perdão como demonstração de superioridade. Isso é arrogância.
Talvez nossos conflitos acerca do perdão pudessem ser resolvidos mais facilmente se, antes de debatermos se devemos ou não perdoar, refletíssemos, em primeiro lugar, se realmente existe algo a ser perdoado.
- Eu te perdôo.
Algum tempo depois, o segundo monge também se aproximou do roseiral e feriu o braço, o que o levou a sentir muita dor. Olhando para as rosas, ele disse:
- Não há nada a perdoar.
Ao voltarem para o templo, os dois monges perceberam que ambos tinham ferimentos semelhantes. Ao conversarem sobre o que havia acontecido, um começou a questionar a atitude do outro. Como não conseguiram chegar a uma conclusão sobre qual deles tinha agido da maneira certa, decidiram contar o episódio ao abade do templo e pedir sua opinião.
- Você foi arrogante, disse o abade ao primeiro monge. - E você agiu certo, disse ele ao segundo monge.
O primeiro monge ficou surpreso e questionou o abade.
- Como assim? Então não devemos perdoar sempre? Por que eu errei ao perdoar o roseiral que me feriu?
O abade respondeu:
- Devemos perdoar sempre, desde que exista algo para perdoar. O roseiral é um ser inanimado, que não se move por vontade própria. Ele não feriu você deliberadamente, nem poderia. Você é que se descuidou e se feriu no roseiral. Ao dizer que o perdoava, você atribuiu a ele uma culpa que ele não tem. Com isso, você ignorou sua responsabilidade como ser consciente que é e ainda usou o perdão como demonstração de superioridade. Isso é arrogância.
Talvez nossos conflitos acerca do perdão pudessem ser resolvidos mais facilmente se, antes de debatermos se devemos ou não perdoar, refletíssemos, em primeiro lugar, se realmente existe algo a ser perdoado.
E você, já refletiu sobre isso e analisou quantas vezes agiu como o primeiro monge com arrogância e considerando estar certo?
Precisando ME Perdoar. |
É a velha questão de observar as atitudes alheias ao invés das nossas próprias, como se apenas os outros errassem, nunca nós mesmos! ¬¬''
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